Atenção senhor candidato fale ao eleitor somente o indispensável
Por Bruno Saint’ Clair
brunosclair@odiadia.com.br
No próximo domingo (28), os eleitores de todo o país definirão o nome do candidato à presidência que governará o Brasil pelo período de 2019 a 2023. São 147.306.295 habilitados para votar no 2º turno das eleições 2018. No 1º turno, Jair Bolsonaro do PSL ficou com 46,03% dos votos válidos, contra 29,28% de Fernando Haddad do PT.
À frente nas pesquisas de intenção dos votos para o 2º turno, Jair Bolsonaro, tenta evitar o clima de “oba-oba” e mantém a estratégia de não comparecer nos últimos debates na TV ou qualquer outra agenda pública, mesmo com alta médica. Se de fato o presidenciável não comparecer, será a primeira vez que um candidato falta ao debate no turno final das eleições.
Apesar de evitar o clima de vitória, integrantes da campanha bolsonariana já planejam a “festa da vitória”. Alegando motivos de segurança do então presidente eleito, o discurso à Nação não seria no salão de hotel ou no centro de convenções. Bolsonaro repetiria o que fez no 1º turno e faria uma live pelo Facebook.
O candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad, evita em assumir a derrota, mas sabe que suas chances de virar o jogo na última semana estão nas investigações contra Jair Bolsonaro de abuso de poder econômico por compra ilegal de disparo de mensagens falsas por whatsapp e tentar desconstruir o adversário na reta final.
A coordenação de campanha do Haddad sabe que 80% dos eleitores de Bolsonaro são fiéis e não mudariam seus votos por denúncias e ataques. O foco ficaria nos 20% restantes que mudariam seus votos e, somadas as alianças partidárias conquistadas para o 2º turno, uma virada para a vitória seria possível.
As estratégias para a última semana dos candidatos são de extrema cautela, pois preferem não pecar pelo exagero. O candidato à presidência Jair Bolsonaro concedeu entrevista coletiva à imprensa ontem, dizendo que defende o fim da reeleição e também em diminuir o número de parlamentares em seu governo.
“Eu vou acabar com o instituto da reeleição e reduzir de 15% a 20% a quantidade de parlamentares”, disse Bolsonaro.
O petista Fernando Haddad promete fazer uma distinção àqueles que apoiaram o governo do atual presidente Michel Temer.
“Para mim, quem aceitou colaborar com o governo Temer aceitou colaborar com um governo ilegítimo, com uma agenda antissocial. Não pretendo aproveitar o alto escalão do governo Temer”, disse Haddad.