Bairro Presente foi inaugurado em Marechal Hermes neste ano

Por Bruno Saint’ Clair
bsclair@gmail.com

O crime hediondo que a atriz Eliane Lorett de Campos, 54 anos, foi submetida na noite de quarta-feira (5), causa ainda mais perplexidade porque essa “barbárie” ocorreu:

1 – A 65 metros da Diretoria de Administração da Aeronáutica que pertence ao COMAER – Comando Militar da Aeronáutica;

2 – A 170 metros da Maternidade Alexander Fleming;

3 – 400 metros do Hospital Estadual Carlos Chagas, mas a atriz foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, a 13,5 Km do local;

4 – A 400 metros do Teatro Armando Gonzaga (de onde ela havia saído);

5 – A 400 metros da Praça XV de Novembro – local onde existem 2 escolas que servem de Zona Eleitoral, exatamente por onde o Presidente Jair Bolsonaro passou no último domingo, desfilando de portas abertas para os seus eleitores;

6 – A 550 metros da residência da vítima;

7 – A 750 metros da Estação de Trem de Marechal Hermes;

8 – A 800 metros da 30ª Delegacia de Polícia;

9 – A 900 metros da FAETEC;

10 – A 1,3 Km da entrada da Vila Militar.

Da Rua Costa Filho aos demais locais citados. O endereço da vítima foi preservado.

Com todas essas localidades acima e distâncias calculadas no percurso a pé, Marechal Hermes é um bairro atípico do subúrbio carioca se comparado aos demais. São dois hospitais públicos, um teatro, cercado por quartéis do Exército e da Aeronáutica, Delegacia de Polícia, escolas particulares e públicas (municipal e estadual), Estação de Trem, praças poliesportivas e um comércio gastronômico pulsante.

Em março deste ano, o Governador Cláudio Castro que foi reeleito no 1º turno das eleições, inaugurou o “Bairro Presente” em Marechal Hermes. Na ocasião o 34º módulo do programa de segurança pública, com o modelo preventivo de combate à criminalidade. A promessa era de policiamento preventivo 24 horas por dia, com equipes formadas por 10 policiais fixos do batalhão responsável.

Com toda essa “pampa” em Marechal Hermes, foram necessários apenas 6 segundos para mais uma vida ser ceifada no bairro.

O Hospital Carlos Chagas informou não saber o porquê, Eliane Lorett não foi encaminhada para a unidade. Todos os telefones do quartel de Guadalupe, do Corpo de Bombeiros, não atendiam no momento desta publicação.

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