Jogos Sul-americanos superam as semifinais da Liga dos Campeões e da Copa do Mundo 2018
Por Bruno Saint’ Clair
brunosclair@odiadia.com.br
Logo mais às 21h45, horário de Brasília, argentinos e brasileiros começarão a decidir um duelo de gigantes, nas semifinais da Copa Libertadores da América 2018. Hoje, o confronto será entre River Plate x Grêmio, no Monumental de Núñez e, amanhã no mesmo horário, será a vez de Boca Juniors x Palmeiras, na La Bombonera, ambos os jogos serão na capital argentina, em Buenos Aires. Os jogos de volta serão no Brasil, na próxima semana, na Arena do Grêmio, no Rio Grande do Sul e no Allianz Parque, em São Paulo.
A 59ª edição da Libertadores já ficou marcada para a história do futebol mundial, pois é a primeira vez que os maiores rivais sul-americanos ocupam duas vagas para cada país, na fase semifinal. E os ingredientes para jogos emocionantes não param por aí, em campo, além da rivalidade típica entre argentinos e brasileiros, estarão também 13 títulos da competição.
Dos semifinalistas, o Boca Juniors chegou em 10 decisões e ganhou seis, sendo quatro nos anos dois mil; River Plate e Grêmio fizeram cinco finais e levaram três títulos cada, o time gaúcho é o atual campeão; e, o Palmeiras que foi finalista em quatro edições, tem apenas um título. O maior vencedor da Libertadores é outro time argentino, Independiente com sete títulos conquistados em todas as finais disputadas, mas que neste ano foi eliminado nas quartas de final.
Os números expressivos vão mais além, quando comparados a quantidade de títulos entre argentinos e brasileiros, são 24 contra 18. Se a análise for em participações na competição, os argentinos ganham de lavada com 34 do River Plate, 27 do Boca Juniors, deixando para trás Grêmio e Palmeiras empatados com 18 presenças cada.
Duas possíveis decisões inéditas e a maior de todas
Tabloides internacionais estão atentos com as semifinais da maior competição sul-americana. É porque na Liga dos Campeões da Uefa 2017/18 conquistada esse ano pelo Real Madrid, teve em sua fase semifinal além do atual campeão, o Bayer de Munique, o Liverpool e o Roma. Grandes equipes europeias, mas uma de cada país: Espanha, Alemanha, Inglaterra e Itália.
Nem a Copa do Mundo na Rússia neste ano teve tantos holofotes nas suas semifinais, disputada pela França bicampeã mundial (1998 e 2018), Inglaterra campeã mundial (1966), Croácia vice-campeã (2018) e pela Bélgica que terminou em 3º lugar, sua melhor colocação em copas.
Ao contrário da Copa Libertadores da América 2018, que nessas semifinais podem proporcionar decisões inéditas, deixando jornalistas e torcedores de todo o mundo ansiosos por jogos emocionantes. A competição já foi decidida por equipes brasileiras duas vezes e o São Paulo esteve nessas decisões, sendo campeão e vice, respectivamente, em 2005 contra o Altético-PR e em 2006 contra o Internacional. Assim, uma possível final brasileira na competição não seria novidade, mas particularmente para gremistas e palmeirenses, teria uma motivação especial: nunca se enfrentaram em nenhuma final de campeonato.
Outra decisão inédita e possível neste ano seria entre Los Hermanos. Apesar da supremacia em títulos e participações na competição, nunca duas equipes argentinas decidiram a Libertadores. Imaginem Buenos Aires numa situação dessas, onde os dois maiores rivais do país disputariam na mesma cidade, a maior competição sul-americana.
No entanto, o que o planeta da bola gostaria mesmo de acompanhar, seria a 15ª decisão de Libertadores entre os dois países, a maior decisão internacional entre clubes no mundo. E nas 14 já disputadas, novamente os argentinos levam vantagem sobre os brasileiros. São nove títulos pra lá, contra cinco pra cá.
Essa disputa saudável entre Brasil e Argentina no futebol, vem desde Pelé e Maradona até Neymar e Messi. Não importa se um país é pentacampeão mundial e o outro é bi, pois a rivalidade sai dos gramados e vai parar na sétima arte. Quando os argentinos enchem o peito e falam: “nós temos Oscars e vocês não”. Quando não satisfeitos, ainda apelam para religião e dizem: “o Papa é nosso”. É pode até ser, mas todos sabem que Deus é brasileiro e não gosta de catimba.
Acompanhe os Campeões da Copa Libertadores da América desde sua primeira edição em 1960 até o momento
Títulos | Clube | País | Ano | Vices |
7 | Independiente | (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984) | 0 | |
6 | Boca Juniors | (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007) | (1963, 1979, 2004 e 2012) | |
5 | Peñarol | (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987) | (1962, 1965, 1970, 1983 e 2011) | |
4 | Estudiantes | (1968, 1969, 1970 e 2009) | (1971) | |
3 | Olimpia | (1979, 1990 e 2002) | (1960, 1989, 1991 e 2013) | |
Nacional | (1971, 1980 e 1988) | (1964, 1967 e 1969) | ||
São Paulo | (1992, 1993 e 2005) | (1974, 1994 e 2006) | ||
Grêmio | (1983, 1995 e 2017) | (1984 e 2007) | ||
River Plate | (1986, 1996 e 2015) | (1966 e 1976) | ||
Santos | (1962 , 1963 e 2011) | (2003) | ||
2 | Cruzeiro | (1976 e 1997) | (1977 e 2009) | |
Atlético Nacional | (1989 e 2016) | (1995) | ||
Internacional | (2006 e 2010) | (1980) | ||
1 | Palmeiras | (1999) | (1961, 1968 e 2000) | |
Colo-Colo | (1991) | (1973) | ||
Racing | (1967) | 0 | ||
Flamengo | (1981) | 0 | ||
Argentinos Juniors | (1985) | 0 | ||
Vélez Sarsfield | (1994) | 0 | ||
Vasco da Gama | (1998) | 0 | ||
Once Caldas | (2004) | 0 | ||
LDU Quito | (2008) | 0 | ||
Corinthians | (2012) | 0 | ||
Atlético-MG | (2013) | 0 | ||
San Lorenzo | (2014) | 0 |